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sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Lula participou de reunião com cúpula do PT para avaliar ‘efeito Marina’

BRASÍLIA — O comando da campanha de reeleição da presidente Dilma Rousseff se reuniu e já mostra preocupação com o crescimento da candidata do PSB à Presidência, Marina Silva, cuja exposição aumentou nos últimos dias devido à morte do ex-governador Eduardo Campos e sua escolha para substutuí-lo na cabeça da chapa. A reunião contou com a presença do ex-presidente Lula e foi realizada na noite de quarta-feira. Segundo interlocutores da campanha, as pesquisas internas indicam o crescimento apontado pelas pesquisas tradicionais. A avaliação é que Marina ameaça a posição do candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, embolando a disputa por um segundo lugar num eventual segundo turno da eleição.
As análises foram feitas com a participação de Lula e da própria Dilma, segundo integrantes do Planalto. Apesar da preocupação, o discurso é de que o tucano Aécio Neves é quem deve estar mais preocupado neste momento. Para esse interlocutor, é Aécio o mais afetado neste primeiro momento.
Mas o tom a ser adotado quanto a Marina ainda está sob análise. Há o temor de que atacá-la possa ter o resultado inverso, de fazê-la crescer como vítima. Também participaram da reunião o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, e o presidente do PT, Rui Falcão, entre outros.
Amigo da ex-ministra, o senador Jorge Viana (PT-AC) demonstrou a preocupação do partido. Ele disse que Marina vai "impor um novo debate" na campanha eleitoral. A avaliação do petista é de que ela vai forçar alguns debates, muitos dos quais a presidente Dilma resiste, como o da questão ambiental. As duas - Marina e Dilma - travaram guerras internas dentro do governo do presidente Lula quanto ao peso das obras para o desenvolvimento, de um lado, e a necessidade de cumprir todas as regras ambientais. Dilma reclamou várias vezes da lentidão das obras por causa de problemas com licenças ambientais. No governo Lula, Marina foi ministra do Meio Ambiente e Dilma comandou as pastas de Minas e Energia e depois da Casa Civil.
— A candidatura da Marina vai impor um debate novo e temas novos, que, com todo o respeito à candidatura do Aécio e à do Eduardo Campos, e à própria candidatura de reeleição da presidente Dilma, não foram trabalhados, pelo menos na intensidade com que serão trabalhados agora. Discutir o modelo que queremos para o país, o modelo econômico de desenvolvimento, a nossa relação com os recursos naturais. Eu acho que isso é bom — disse Jorge Viana, acrescentando:


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