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terça-feira, 9 de setembro de 2014

Parceria entre BNB e Sebrae quer facilitar crédito no RN

Renata Moura
Editora de economia

Diretores do BNB e do Sebrae durante apresentação: EstímuloUm termo de cooperação  assinado ontem no Rio Grande do Norte promete mais acesso a informações para melhorar o acesso  ao crédito e a gestão de micro e pequenas empresas do estado. 
A parceria foi firmada entre o Serviço de Apoio à Micro e Pequena Empresa (Sebrae RN) e o Banco do Nordeste do Brasil (BNB) com uma proposta simples: clientes do Sebrae que não têm crédito passam a ter o acesso facilitado e clientes do banco que não têm orientação passam a ser “trabalhados” pelo Sebrae. 

“Além da orientação, da capacitação técnica, que é dada por ambas as instituições, nossos cadastros de clientes serão compartilhados para que todas as orientações, todo o crédito, toda a análise desses clientes sejam feitos de maneira antecipada. Quando eles procurarem o banco saberão onde precisam de orientação e onde o crédito é necessário”, disse o presidente do BNB, Nelson Antônio de Souza, em Natal. “Queremos que cheguem ao banco sabendo o que querem. Isso mitiga riscos”, diz o superintendente no RN, Francisco Carlos Cavalcanti.

Durante dois dias na semana um representante do BNB dará orientações de crédito no Sebrae, diz o diretor de Operações da entidade, Lázaro Mangabeira. “Ás vezes a pessoa vai atrás do crédito e não sabe nem qual negócio quer abrir nem de quanto precisa. É importante que antes disso seja orientada, faça o seu plano de negócio e, se já for empreendedora, que detecte o que precisa para melhorar a sua performance”, observou ele.

A parceria não prevê alterações nas taxas de juros ou nos prazos de financiamento em vigor, mas deve estimular a demanda. A expectativa é  elevar para R$ 240 milhões a soma destinada aos pequenos negócios com recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE), cuja taxa de juros chega a ser três vezes inferior às convencionais.  Em 2013, foram aplicados R$ 192 milhões.

A diretoria do BNB autorizou um reforço no orçamento do FNE no estado. O valor aplicado com recursos do fundo, que em 2013 somou R$ 1,6 bilhão, poderá superar R$ 2 bilhões . “O aumento nos permite aprovar projetos que estão na casa e dá margem maior para atendermos aos pequenos negócios”, diz Cavalcanti.

Na avaliação do presidente do BNB, o crédito é “totalmente desburocratizado” para micro e pequenas empresas. O dever de casa maior para o banco está relacionado às grandes companhias. “Nosso desafio é tornar o crédito mais célere nesse segmento”, disse. Atualmente, do pedido à liberação dos recursos leva-se em média dois dias, no caso dos pequenos. Para as médias empresas a média é de 15 dias. Para as grandes, já chegou a superar nove meses. “A intenção é reduzir para 90 dias. E já estamos no caminho”.

Barbosa se reuniria ainda ontem com empresários potiguares para mostrar os planos do banco e ouvir possíveis demandas, críticas e sugestões. Ele já sabia o que estaria na ponta da língua dos empresários.”Celeridade. É o que vão pedir”.

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