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domingo, 12 de outubro de 2014

Marina anuncia apoio a Aécio Neves no segundo turno

A candidata derrotado à Presidência da República pelo PSB, Marina Silva, anunciou neste domingo seu apoio ao candidato Aécio Neves (PSDB) no segundo turno das eleições. "Votarei em Aécio e o apoiarei", disse a ex-senadora em coletiva de imprensa em São Paulo, ao lado de Beto Albuquerque (PSB), que era candidato a vice-presidente na chapa que ficou em terceiro lugar.
Marina disse que resolveu apoiar o tucano após Aécio ter divulgado uma carta no sábado acatando compromissos  para a área social e outras reivindicações defendidas por ela. No seu entendimento, o documento assinado pelo candidato do PSDB não teve o objetivo de ganhar o seu apoio, mas sim de se comprometer com políticas voltadas ao País.
"Os compromissos explicitados e assinados por Aécio têm como única destinatária a nação. É apenas nessa condição que eu os avalio para apresentar minha posição no segundo turno das eleições presidenciais", afirmou.
Segundo Marina, o documento intitulado "Juntos pela Democracia, pela Inclusão Social e pelo Desenvolvimento Sustentável" se assemelha à carta apresentada por Luiz Inácio Lula da Silva na campanha em 2002, em que o petista se comprometia com compromissos realizados no governo de Fernando Henrique Cardoso, como a manutenção do Plano Real.
Em sua fala, Marina ressaltou o que considera avanços realizados pelos governos dos presidentes Fernando Henrique Cardoso (1995 – 2002) e Luiz Inácio Lula da Silva (2003 – 2010), como a estabilidade econômica e políticas sociais. E disse que Aécio Neves pode completar o tripé do desenvolvimento do País.
“Fernando Henrique Cardoso traz a contribuição da estabilidade econômica. Luiz Inácio Lula da Silva traz a inclusão social. Poderemos colocar mais uma perna para completar o tripé: a sustentabilidade ambiental.”
A ex-senadora também criticou a postura da candidata à reeleição, Dilma Rousseff (PT), dizendo ter sofrido "ataques destrutivos de uma política patrimonialista, atrasada e movida por projetos de poder pelo poder", durante a campanha presidencial.
Marina também disse que é momento de alternância de poder, porque o País está abalado "com a volta da inflação" e com as "velhas alianças pragmáticas sem o suporte de um programa [de governo]."
"Agora, novamente, temos um momento em que a alternância de poder fará bem ao Brasil, e o que precisa ser reafirmado é o caminho dos avanços sociais, mas com gestão competente do Estado e com estabilidade econômica, agora abalada com a volta da inflação e a insegurança trazida pelo desmantelamento de importantes instituições públicas", afirmou Marina, criticando o governo Dilma Rousseff.
De acordo com Marina, sua decisão de apoiar a candidatura tucana acontece "após conversar com muitas pessoas" e "refletir sobre esse momento importante que o País está vivendo" e que esse posicionamento está apoio do em uma base de mais de 20 milhões de votos recebidos no primeiro turno.

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