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sábado, 20 de agosto de 2011

Após 44h, vereadores cassam mandato de prefeito de Campinas


Após cerca de 44 horas e 34 minutos de sessão ininterrupta, a Câmara Municipal de Campinas, cidade a 95 km de São Paulo, cassou o mandato do prefeito Hélio de Oliveira Santos (PDT) na madrugada deste sábado. Com o placar final de 32 vereadores votando pela cassação do prefeito, apenas o vereador Sérgio Benassi (PCDB) foi contrário à decisão.
Ao final da sessão, a Câmara entendeu que  Hélio é considerado culpado nas três denúncias formuladas pelo vereador Artur Orsi (PSDB). De acordo com as acusações, que tiveram como base as investigações do Ministério Público Estadual (MPE), o prefeito tem responsabilidades em fraudes em contratos da Sanasa; em irregularidades no sistema de liberação de loteamentos e de empreendimentos imobiliários e ilegalidades no modelo de operação de antenas celulares.

Ao final da sessão, o presidente da Câmara, Pedro Serafim Junior (PDT) assinou o decreto legislativo, determinou a cassação do prefeito e informou sobre a substituição pelo vice-prefeito, Demétrio Villagra.  “Não estou feliz com o que aconteceu, porque isso não se faz com ninguém. Mas tenho confiança de que a cidade vai se recuperar. Campinas é muito maior que essa crise”, disse. O decreto será publicado no Diário Oficial da cidade e o resultado será enviado à Justiça Eleitoral.

A sessão de julgamento do caso começou às 9h de quinta-feira (18) e só terminou às 5h34 deste sábado. Apenas para a leitura do relatório final, que contou com pouco mais de mil páginas, foram necessárias 38 horas. As páginas de 611 a 1219 - referentes às denúncias do MPE, que correm sob segredo, foram excluídas da leitura. Aprovada no dia 23 de maio por unanimidade, a Comissão Processante foi presidida pelo vereador Rafa Zimbaldi (PP), teve o vereador Zé do Gelo (PV) como relator e Sebastião dos Santos (PMDB) como terceiro integrante.

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