SÃO PAULO - O padre José Afonso Dé foi condenado pela 2 ª Vara Criminal de Franca, a 395 km de São Paulo, a 60 anos e oito meses de prisão por estupro e atentado violento ao pudor. Em abril de 2010, o pároco foi acusado de pedofilia e indiciado por abusar sexualmente de seis garotos, entre dezembro de 2009 e janeiro de 2010. As vítimas, com idades entre 12 e 16 anos, eram coroinhas e frequentadores da Paróquia São Vicente de Paulo, em Franca. As informações são da EPTV.
Segundo o advogado de defesa Eduardo Maestrelo Caleiro Palma, a decisão foi proferida no meio do ano, mas, como o caso corre em segredo de Justiça, não foi divulgada. O advogado entrou com um pedido de habeas corpus para que o pároco aguarde a decisão do recurso ao Tribunal de Justiça (TJ) em liberdade.
Uma denúncia anônima feita no dia 24 de março ao Conselho Tutelar de Franca deu origem à investigação da Delegacia de Defesa da Mulher. O denunciante, que não quis se identificar, havia dito que o sacerdote molestava adolescentes na sacristia da igreja onde ele celebrava missas e na própria casa. Os meninos relataram terem sido beijados e acariciados nos órgãos sexuais pelo Afonso Dé.
O padre Dé foi afastado das suas funções pelo bispo de Franca, Dom Pedro Luís Stringhini, que também entrou em contato com a Nunciatura Apostólica, a 'embaixada' do Vaticano no Brasil, para encaminhar formalmente as acusações contra o pároco.
Durante a apuração, 31 pessoas foram ouvidas, entre o acusado, as vítimas, mães dos garotos e testemunhas. Além dos seis garotos molestados entre 2009 e 2010, a polícia identificou mais quatro vítimas, num total de dez, mas como o abuso teria ocorrido entre os anos de 1990 e início de 2000, o crime prescreveu.
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