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terça-feira, 29 de novembro de 2011

MEC corta mais de 400 vagas de Enfermagem, Odontologia e Farmácia


O Ministério da Educação (MEC) anunciou nesta terça-feira (29) o corte de mais de 400 vagas em 22 cursos de Enfermagem, Odontologia e Farmácia em Minas Gerais, que apresentaram resultado insatisfatório em avaliações da entidade. Essas graduações ficaram com nota menor do que 3 no Conceito Preliminar de Curso (CPC) referente ao ano de 2010, indicador que mede a qualidade da oferta do ensino em uma escala que vai de 0 a 5. 


O corte faz parte do processo de supervisão pelo qual passarão esses cursos em função dos resultados considerados insuficientes. A maior redução no Estado foi na área de Enfermagem, com menos 284 vagas. Dois cursos de Odontologia foram afetados, totalizando uma redução de 48 vagas. Em Farmácia, as medidas atingem oito graduações e reduzem 115 vagas em Minas.


Além das 22 instituições que terão uma redução no número de vagas em Minas, outras 15 universidades e faculdades do Estado estão incluídas na lista, mas não sofrerão corte porque já apresentam o número mínimo de vagas exigidas pelo MEC para manter os cursos em funcionamento.


Em todo o Brasil, o corte chegou a 3.968 vagas em 148 cursos. O percentual de vagas suspensas variou de 20% a 65% da oferta original dependendo da nota alcançada pelo curso. No caso de graduações que já tinham conceito insatisfatório em 2007 e repetiram o mau desempenho em 2010 foi determinada uma redução adicional de 30%, segundo o MEC.


O ministério pretende suspender até o fim do ano 50 mil vagas em graduações na área da Saúde, Ciências Contábeis e Administração que tiveram resultado insatisfatório nas avaliações de 2009 ou 2010. Na avaliação do ano passado, 594 dos 4.143 cursos avaliados tiveram CPC 1 ou 2. A nota 3 é considerada satisfatória e os CPCs 4 e 5 indicam que o curso é de boa qualidade.


As instituições de ensino terão o prazo de um ano para cumprir um termo de saneamento de deficiências e melhorar a qualidade da oferta. Após esse período, o MEC faz uma nova avaliação para verificar o cumprimento das exigências. Os cursos sob supervisão que estejam com pedidos de recredenciamento em tramitação no ministério terão os processos suspensos enquanto durar a medida cautelar.

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