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domingo, 25 de dezembro de 2011

Delegado do caso de Adriano destaca conflito de versões

Adriano, do Corinthians, durante treino para a última rodada do Campeonato Brasileiro 2011
O delegado Carlos César Santos, do 16º DP, concedeu uma coletiva sobre o caso envolvendo o atacante Adriano, do Corinthians. Segundo ele, o ponto que mais chamou atenção foi que os depoimentos foram contraditórios em relação ao fato do jogador ter ou não manuseado a arma.
Seis pessoas deixaram a boate Barra Music na Barra da Tijuca no carro do Imperador. Com exceção da vítima, Adriene, e do jogador que está em sua casa, todos as outras testemunhas já prestaram depoimentos na delegacia.
Viviane Faria de Fraga, amiga da vítima, afirmou que Adriano manuseou a arma em algum momento, mas não soube dizer quem efetuou o disparo. O curioso é que ainda no hospital, pela manhã, Viviane contou informalmente a um policial militar que Adriano é quem teria atirado, sem querer, na mão de Adriene. Após chegar na delegacia, sua versão sobre o ocorrido mudou.
Júlio César Barros de Oliveira, segurança do jogador e tenente reformado da PM, disse que deixou a sua arma embaixo do banco do motorista antes de entrar na boate. Na hora de ir embora, enquanto o carro andava, o objeto escorreu para trás e Adriene pegou a arma. Ele não soube dizer quem efetou o disparo, alegou que estava dirigindo e que foi surpreendido pelo tiro.
As outras duas mulheres que estavam no carro são amigas de Adriano e já estavam no camarote dentro da boate quando o grupo se reuniu. Ambas declararam que o tiro foi feito pela própria vítima e que Adriano não chegou a encostar na arma.
Depois da coletiva, o delegado seguiu para o Hospital Barra D'Or para ouvir a versão de Adriene Cyrilo Pinto, que iria passar por uma cirurgia na mão esquerda. Além do depoimento, o delegado irá realizar um exame para identificar a existência de pólvora na mão da vítima e saber o resultado do exame de corpo de delito.
Os policias vão procurar por Adriano ainda hoje e existe a possibilidade de o depoimento do jogador ser colhido em sua casa. O mesmo exame para identificação de pólvora será feito no jogador, mas o delegado afirma que o resultado pode ser comprometido, já que Adriano não compareceu imediatamente à delegacia e foi para a casa, onde pode ter tomado banho ou lavado as mãos.

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