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domingo, 11 de dezembro de 2011

Maioria dos paraenses vota pelo 'não' à divisão do estado


Eleitores participam do plebiscito histórico, em que estava em jogo a divisão do estado do Pará em três. Foto: ReutersBELÉM (PA) - Os eleitores paraenses decidiram, em plebiscito realizado neste domingo, manter o estado do Pará com o território original, informou o presidente do Tribunal Regional Eleitoral, Ricardo Nunes.
-Neste momento, o total dos votos apurados e, diante do cenário atual, matematicamente, os eleitores do estado do Pará decidiram pela não divisão - afirmou o presidente do TRE paraense.
O resultado foi ratificado pelo presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Ricardo Lewandowski, que comemorou:
- Penso que não apenas a cidadania está madura do ponto de vista cívico, mas a tecnologia eleitoral brasileira está muito avançada, conseguimos apurar o resultado matematicamente consolidado em duas horas depois do fechamento das urnas. Hoje foi um teste importante e verificou-se que o povo pode ser consultado rapidamente de forma eficiente e econômica.
Às 20h38 (horário de Brasília), com 87,16% das urnas apuradas, o resultado parcial indicava que 67,34% escolheram "não" para a criação do estado de Carajás e 66,79% rejeitaram a criação do estado de Tapajós. Haviam sido apuradas 12.419 das 14.249 urnas do estado. O TRE já confirmou que, matematicamente, não há mais como o 'sim' virar a disputa. Com a decisão das urnas, o trâmite para a divisão do estado se encerrou junto com o plebiscito. Dessa forma, a Assembleia Legislativa paraense e o Congresso Nacional não precisarão analisar a divisão do território e criação dos novos estados.
Segundo o TRE, o índice de abstenção superou os 25%. O Ministério Público Eleitoral (MPE) do Pará contabilizou cerca de 20 denúncias de irregularidades durante todo o plebiscito. De acordo com o procurador regional eleitoral do Pará, Daniel Cesar Azeredo Avelino, ninguém foi preso.
O plebiscito deste domingo, que decidiria se o Pará deve ser dividido em três para a criação de mais dois estados - Tapajós e Carajás - custou até agora R$ 19 milhões aos cofres públicos, quantia inferior aos R$ 25 milhões inicialmente previstos. A informação foi dada pela manhã pelo presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Ricardo Lewandowski, que foi ao estado acompanhar a apuração das urnas. Algumas das 14.281 urnas do estado haviam apresentado problemas e apenas em Belém foi apreendido material irregular. As urnas foram fechadas às 17h, horário local.


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