Pelo assassinato de Eliza Samudio, "Bola" foi sentenciado a 19 anos de prisão em regime fechado. Além do homicídio, o Conselho de Sentença, formado por quatro homens e três mulheres, definiu que o ex-policial ocultou o cadáver da vítima. Pelo crime, ele foi condenado a três anos de prisão em regime aberto e, também, a 360 dias/multa ou ao pagamento de R$ 6.120. Ele não poderá recorrer da sentença em liberdade. Os jurados conderam o réu por 4 a 0 na autoria dos crimes e qualificadoras de asfixia e 4 a 1 na defesa da vítima.
Ao contrário do goleiro Bruno, e de Luiz Henrique Romão, o "Macarrão", que confessaram parcialmente participação no assassinato, Marcos Aparecido alegou inocência. "Se eu morresse acabaria esse martírio", chegou a declarar.
Não adiantou fantoche, ajoelhar mediante aos jurados, apelar para xingamentos e reportagens, a defesa não conseguiu convencer os jurados da inocência de "Bola". O promotor Henry Vasconcelos, com sua atuação efusiva e eloquente, foi mais afirmativo e categórico ao chamar o réu de "matador, assassino de aluguel, psicopata, profissional na arte de matar".
Logo após o julgamento, que durou seis dias e terminou no fim da noite deste sábado (27), os advogados dele sinalizaram que irão recorrer da decisão. A família de Marcos Aparecido chorou copiosamente após a leitura da sentença.
Do Fórum Doutor Pedro Aleixo, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, onde o julgamento foi realizado, "Bola" seguiu algemado e escoltado para Penitenciária Professor Jason Soares Albergaria, em São Sebastião de Bicas, também na Grande BH. Por matar Eliza, ele já cumpre pena desde 2010 e, conforme a Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds), "Bola" deverá permanecer detido no complexo, que é destinado para receber ex-policiais condenados.
Confronto
Várias polêmicas marcaram o julgamento do ex-policial. No último dia de sessão, o promotor classificou o ´réu como "desgraça, bandido, canalha, vagabundo, mentiroso, estúpido, crápula e covarde". Além disso, ele disse que "Bola" é "matador, assassino de aluguel, psicopata e profissional na arte de matar". Os advogados de defesa não ficaram para trás e retrucaram, chamando o representante do Ministério Público (MP) de "alienígena".
Nos seis dias em que ocorreu o júri, o advogado Ércio Quaresma foi o protagonista das confusões. No quarto dia de julgamento, quando interrogava o delegado aposentado Edson Moreira, ele teve a palavra cassada pela juíza. A magistrada alegou que o defensor estava desrespeitando e coagindo a testemunha.
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