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terça-feira, 2 de abril de 2013

Médicos do Samu e Deoclécio param

Gabriela Freire e Valdir Julião - repórteres
A paralisação do serviço de ortopedia no Deoclécio terminou aumentando a superlotação do HWGA Cooperativa dos Médicos do Rio Grande do Norte (Coopmed) retirou, ontem, profissionais de dois serviços da rede pública estadual: dos plantões do Samu Metropolitano e do atendimento ortopédico Hospital Deoclécio Marques de Lucena, em Parnamirim. No caso do Samu, localizado na BR-101, em Macaíba, o contrato venceu ontem. Trinta médicos ligados à Coopmed, que complementavam 50% da escala do serviço suspenderam o plantão. Até o dia 12, as escalas serão cumpridas pelos profissionais efetivos da Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap-RN). No caso do Deoclécio Marques, o serviço de ortopedia ficou inviabilizado, por atraso no pagamento do salário dos 25 médicos contratados. 
Cirurgias
No Hospital Deoclécio Lucena os 25 ortopedistas cooperados respondem por 100% do atendimento e, por isso, nenhuma cirurgia eletiva está sendo realizada, a não ser para os pacientes que já se encontravam internados naquela unidade hospitalar. O presidente da Coopmed, Fernando Pinto, informou que os médicos voltarão a trabalhar, assim que os contratos forem renovados e os salários atualizados pelo governo do Estado. “A promessa sempre foi de realizar a licitação pública”, afirmou Pinto, para lembrar que a Sesap já fez três contratos emergenciais com a Coopmed. O  atraso no pagamento das faturas soma cerca de R$ 2,8 milhões.  
HWG recebe sobrecarga do Deoclécio
A diretora geral do Hospital Walfredo Gurgel, médica Maria de Fátima Pereira Pinheiro, que a demanda de atendimento ortopédico cresceu já na quinta-feira (28) da Semana Santa, o que sempre ocorre períodos de feriados prolongados. “Geraldo no interior os pronto-socorros estão fechados e o Walfredo Gurgel termina sendo a solução”, disse a médica. Ela admitiu no HWG pode enfrentar problemas no atendimento em virtude da paralisação dos serviços no Hospital Deoclécio Marques, porque se na quarta-feira (27) só havia quatro macas no corredor de urgência do HWG, esse número já tinha subido, ontem, para 19 pacientes internados em macas.

“A gente compra insumos para uma demanda e aumentando o número de atendimentos, isso termina acabando mais cedo”, disse Maria de Fátima Pinheiro, ao explicar que  no Hospital Deoclécio Marques é feito o que se chama de segunda cirurgia, a eletiva, mas lá também se faz os primeiros socorros a pacientes que sofreram algum trauma ortopédico em decorrente de acidentes de carro, moto ou queda, por exemplo. Segundo ela, no HWF são realizados os primeiros socorros, como lavagem de ferimento, fixação do osso em casos de fratura exposta e o atendimento de membros inferiores, como algum ferimento de dedo, mão: “A cirurgia definitiva é feita no Deoclécio Lucena”.

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