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sábado, 16 de novembro de 2013

Sete presos do mensalão em Minas passaram a noite em duas celas

Os sete condenados no processo do mensalão que se apresentaram na sexta-feira (15) na Superintendência da Policia Federal de Belo Horizonte tiveram de passar a noite em duas celas, as únicas de que a PF dispõe na capital mineira.
Os cinco homens presos --Marcos Valério Fernandes de Souza, Cristiano Paz, Romeu Queiroz, Ramon Hollerbach e José Roberto Salgado-- dormiram juntos em uma mesma cela, enquanto Simone Vasconcelos e Kátia Rabelo ocuparam a outra.
Não havia colchão para todos, por isso a PF autorizou que parentes providenciassem colchonetes para eles passarem a noite.
A cela feminina possui uma latrina, separada por uma parede. No caso dos homens, segundo um dos advogados, o banheiro é externo. Pará usá-lo, eles deixam a cela acompanhado por um agente federal.
Ao ser questionado sobre as instalações da cela de triagem, o advogado Maurício Campos Júnior, que acompanha os presos ligados ao Banco Rural --a defesa deles é feita pelo ex-ministro José Carlos Dias-- evitou fazer comentários detalhados. "É indigno", disse ele.
ABRAÇO
O encontro de Kátia Rabello e Simone Vasconcellos na prisão, na noite de sexta-feira, foi marcado por um forte e emocionado abraço entre as duas. Advogados e agentes federais viram a cena.
Várias restrições foram impostas, como o fato de não poderem usar tênis com cadarços. Essa situação incomodou Simone, que alega ter problemas de coluna e, por isso, diz gostar de andar com os sapatos bem apertados.
A ex-diretora financeira da SPMB também teve de trocar o sutiã. Ela se apresentou vestindo um modelo com bojo, que leva um arame dentro do forro do tecido. Um parente dela foi até a PF levando outro acessório para substituir o primeiro.
Ao ser questionado sobre como estava Kátia Rabello, o advogado Maurício Campos Jr. disse: "Ela está resignada, embora inconformada".
'TRANQUILOS'
O advogado Castelar Guimarães Neto, que defende Cristiano Paz, disse que seu cliente estava "tranquilo".
Do lado de fora da PF, um homem emocionado, que se dizia amigo de Paz, falava que torce para que o "Brasil conheça um dia quem é Cristiano Paz". Fernando Lamana se referia aos estudos da Bíblia, que compartilha com Paz há sete anos.
O advogado Hermes Guerrero, que defende Ramon Hollerbach, afirmou que, "dentro do possível, ele está tranquilo". "Ele está recebendo apoio da família", completou o defensor.
Editoria de arte/Folhapress
Dos condenados no julgamento do mensalão, da lista dos 12 primeiros mandados, ainda não se entregou à policia somente Henrique Pizzolato, ex-diretor de marketing do Banco do Brasil. A família e o advogado afirmam que ele se dirigirá à PF neste sábado.

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