Esses jogos, palcos da pesquisa são emblemáticos, uma vez que a violência registrada nos arredores do estádio Nazarenão, quando quatro pessoas acabaram sendo baleadas, resultaram em uma semana de debates a respeito da violência e fez com que o público esperado para o clássico, no Frasqueirão acabasse sendo reduzido.
“Isso é um indicativo muito sério que precisa ser observado pelos dirigentes dos clubes e também pelos gestores públicos do nosso Estado. Essa pesquisa foi direta que mostrou que a segurança é com certeza uma preocupação importante e é o resultado da diminuição de público nos estádio”, diagnosticou Tadeu Oliveira, diretor-presidente da Smart.
Diante dessa realidade, o presidente do América, Alex Padang afirma que não adianta mais para o futebol do Rio Grande do Norte realizar reuniões paleativas às vésperas dos clássicos ou grandes jogos. “Precisamos realizar um fórum abrangente sobre o assunto e o momento é esse. Temos que reunir América, ABC, FNF, Polícia, Ministério Público e talvez até algumas pessoas que militam no futebol, mas que estão fora desse contexto que vivemos para tomar medidas concretas e que não sejam meros paleativos para os clássicos”, sugeriu.
Padang identifica o momento atual como primordial para tentar resolver o problema da violência que tem feito os torcedores migrarem dos estádios para as transmissões via TV por assinatura. Os números da pesquisa Smart mostram que 34,95% dos entrevistados apontam a concorrência da TV como um dos motivos de esvaziamento das arquibancadas. “Com certeza o torcedor acaba preferindo a TV. Ele se sente mais seguro e sua família também”, analisou Padang.
O ABC tem uma opinião discordante sobre a questão da violência e atribui à sensação de insegurança, no deslocamento do torcedor e não aos casos de violência propriamente dita nos estádios. “Dentro do estádio não temos ocorrências a muito tempo. O problema é o caminho feito pelo torcedor e essa sensação de insegurança que se acerca disso”, disse Stênio Dantas, executivo de marketing do clube.
Rivais fora de campo, ABC e América também discordam em relação a questão da transmissão dos jogos pela TV. O Alvirrubro afirma, que, reconhece a concorrência, mas ainda vê nos pagamentos feitos pelas emissoras para os clubes um grande negócio, financeiramente falando, apesar da perda de torcedores nos estádios. “Em um jogo normal 40% do público a gente perde para a TV. Em uma decisão cerca de 20%. no entanto, se você observar que a TV para R$ 3 milhões diretamente ao clube, cobre despesas de viagem, hospedagem e alimentação esses R$ 3 milhões viram R$ 6 milhões. Dividindo esse valor por 19 jogos dá cerca de 300 mil por jogo. Pode ter certeza que não teremos, com esse percentual que perdemos para a TV um retorno de 300 mil, logo é sim um bom negócio”, explicou Padang.
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