Agora o Programa Mais Médicos é lei. Sancionada na última
terça (22/11/2013) pela presidente Dilma. A Lei permite a vinda de
profissionais estrangeiros para o Brasil sem passar pela revalidação do
diploma. A partir de agora o Ministério passa a dar registro a médicos
estrangeiros. Também foi lançado edital para pré-seleção de cidades
interessadas na criação de cursos de medicina. Enquanto tudo isso estava
acontecendo em Brasília, uma equipe do Programa Federal Mais Médicos do
Ministério da Saúde liderada pelo consultor Carlos Sena, esteve na Amupe,
explicando para alguns prefeitos e secretários de saúde o Programa com mais
detalhe e também destacando as contrapartidas dos municípios. A mesa foi
presidida pelo médico e prefeito de Pesqueira Evando Chacon, que fez algumas
colocações e questionamento quanto ao Programa mostrando-se preocupado com a
questão financeira e jurídica que cabe aos municípios, dado ao acúmulo de
programas do Governo Federal que muitas vezes os gestores municipais terminam
arcando sozinho com as despesas. Sem deixar de reconhecer a importância do
Programa Mais Médico, mesmo sabendo que não vai resolver o problema de saúde no
Brasil, o prefeito Evandro Chacon quis saber quanto ao currículo do
profissional cubano se era de um técnico ou médico, o que foi respondido pelo
médico cubano Gilberto Ramos, que a medicina em seu país formava o médico com 6
anos e mais 4 anos de especialização, enquanto o técnico em 4 anos de ensino.
Outra preocupação dos prefeitos é também o somatório de obrigações dos
municípios levando-os a um comprometimento muito sério com a Lei de
Responsabilidade Fiscal que não pode ser ultrapassada em 54% da receita.
Caberão as prefeituras ofertar ao médico do Programa o imóvel, garantir recurso
pecuniário, ou ainda acomodação em hotel/ pousada, além da oferta da refeição
ou ajuda de custo equiparado a dos servidores municipais. De acordo com a
portaria 23 de 1/10/2013, em caso de repasse de recursos, deve ser observado o
limite mínimo de R$ 500,00 e máximo de R$ 2,500, 00 podendo o governo federal e
o município adotarem valores superiores conforme a realidade do mercado
imobiliário local. A oferta de moradia aos médicos participantes do Programa
deve atender as condições mínimas de habitação e segurança, com boas condições
de infraestrutura física e sanitária, disponibilidade de energia elétrica e
abastecimento de água. A saúde indígena: Sesai pagará mensalmente aos médicos
um auxílio pecuniário no valor de 2,5 mil para moradia e alimentação em
substituição ao provimento direto de hospedagem e alimentação feito pelos
municípios Foram discutidos pontos importantes como não ser permitido
substituir médicos que já componham as Equipes de Atenção Básica pelo médico
participante do Projeto. O Ministério da Saúde vai apurar denúncias sobre
demissões para substituição de profissionais, com a exclusão dos municípios que
descumprirem as regras do edital. Os médicos participantes do Projeto deverão
ser cadastrados até três meses após a chegada do médico do Programa,
prioritariamente nas equipes de atenção básica que não estejam constituídas com
médicos. O sistema só permitirá constituir novas equipes de atenção básica com
profissionais do projeto Mais Médicos após a prévia inserção de médicos
participantes do Projeto nas equipes em funcionamento sem esses profissionais.
É fundamental que o gestor municipal ofereça boas condições de trabalho ao
médico: Estoque farmacêutico suprido, UBS com boa infraestrutura e bem
equipada. Podem sofrer desligamento: Médicos que se ausentarem sem justificativa;
desempenho inadequado comprovado pelo supervisor ou descumprimento de carga
horária de trabalho.
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