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quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Dilma diz que Marta Suplicy não fez nada de errado ao criticar economia

Jornal do Brasil
Dilma Rousseff disse nesta quarta-feira que não foi surpreendida pela carta de demissão entregue na terça-feira pela ministra da Cultura, Marta Suplicy, e acrescentou que foi informada pessoalmente por ela sobre o teor da carta antes de viajar para o exterior. Em sua carta formalizando a demissão, Marta disse esperar que Dilma escolha uma equipe econômica independente. "Ela não fez nada de errado neste aspecto. Nós tivemos uma conversa. Eu sabia do conteúdo da carta", acrescentou Dilma durante entrevista em Doha, capital do Catar, onde fez uma parada técnica antes de seguir viagem para a Austrália.

Segundo a presidente, Marta Suplicy não fez "nada de diferente" do que já haviacomunicado. Dilma enfatizou que qualquer pessoa tem direito de emitir sua opinião. "Ela não teve nenhuma atitude incorreta. Ela me disse que sairia. Eu aceitei que ela saísse. Aí, nós acertamos que ela me enviaria uma carta. Essa é uma opinião dela. Eu acho que as pessoas têm direito de dar opinião", enfatizou.
Marta Suplicy afirmou na carta de demissão entregue a terça (11) esperar que, em seu segundo governo, a presidente da República escolha uma equipe econômica que "resgate a confiança e credibilidade" da atual administração. Segundo a ministra demissionária, os novos comandantes da economia, "acima de tudo", devem estar comprometidos com o crescimento do país.
Questionada na entrevista sobre a informação divulgada pelo jornal norte-americano Financial Times de que a Petrobras estaria sendo investigada pelo Departamento de Estado americano e pela Securities and Exchange Comission (SEC), órgão regulador do mercado de capitais norte-americano, por conta de denúncias de corrupção na estatal, Dilma disse que considera as ações normais.
"Isso faz parte das regras do jogo. Empresas cotadas na bolsa de Nova York têm de prestar contas segundo as regras da bolsa de Nova York, que não são muito diferentes das brasileiras. Além disso, os EUA têm de investigar se tem cidadãos americanos envolvidos em alguma irregularidade", afirmou.

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