POR DANIEL MENEZES
Álvaro Dias, atual prefeito da cidade do Natal, está cortando cargos do ex-prefeito Carlos Eduardo Alves.
A alegação de que setores carlistas atrapalharam a eleição de Adjuto Dias, filho de Álvaro, para deputado estadual não passa de dupla cortina de fumaça.
Primeira cortina. Como prefeito de Natal é de uma mediocridade eleitoral sem tamanho atribuir uma derrota a um ou dois secretários que não votaram em seu indicado.
Álvaro foi presidente da assembléia, deputado federal e hoje é atual prefeito da maior cidade do RN. Se não fez o filho deputado, foi por sua própria conta e responsabilidade. E aí o fato é que ele foi fragorosamente derrotado.
Segunda fumaça. Agora convém utilizar o acontecimento para limar Carlos Eduardo Alves, quem lhe deu a cadeira que hoje ele está sentado nela.
Mas esse não é mais o dado de relevo. Carlos Eduardo entrou numa campanha perdida. É preciso ter uma visão muito positiva sobre si próprio para imaginar que, após atrasar os salários por 14 meses na prefeitura, o eleitor lhe daria o governo do RN.
Agora está sem cargo algum. Não tem poder, nem grupo. E aí, caro leitor, nem o vento bate nas costas.
Por qual razão Álvaro Dias emprestaria parte da estrutura que comanda para um agente político que não lidera mais ninguém e não poderá ser candidato na base eleitoral em disputa (Natal)?
Fala-se que Carlos Eduardo Alves poderá lançar a mulher em Natal. Mas suspeito que, sem estrutura, não tenha a menor condição de fazer frente aos postulantes postos – o próprio Álvaro com a máquina, uma candidatura do PT da governadora e a participação de Kelps Lima, que deixou boa marca em 2016 e 2018. Seria mesmo CEA uma ameaça em 2020? É provável que não.
A política é feita de acordos. Mas só se tende a efetivá los caso o outro lado tenha alguma condição de cobrar. Não é mais o caso de Carlos Eduardo.Fonte:www.blogdobg.com.br
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