O médico Conrad Murray foi considerado culpado de homicídio culposo na morte de Michael Jackson nesta segunda-feira. Ele havia se declarado inocente da acusação de ter dado uma dose fatal do poderoso anestésico propofol, considerada a principal causa da morte do cantor, em 25 de junho de 2009 . A sentença sairá no dia próximo dia 29.
Murray pode ficar até quatro anos na prisão, além de perder a licença médica. O cardiologista ouviu a decisão do júri em silêncio e deixou o tribunal em Los Angeles algemado.
Familiares de Michael Jackson compareceram ao tribunal para ouvir a sentença e teriam chorado ao saber da condenação. Joe e Katherine, os pais do cantor, chegaram de mãos dadas, seguidos por Jermaine. Pelo Twitter, onde as expressões "RIP Michael Jackson" (Descanse em paz, Michael Jackson) e "Conrad Murray guilt" (Conrad Murray culpado) alcançou rapidamente os Trendig Topics mundiais, a irmã do astro La Toya disse que "tremia incontrolavelmente" durante a leitura da sentença.
Durante o julgamento de seis semanas, os promotores argumentaram que Murray foi negligente na administração do propofol para ajudar Jackson a dormir, enquanto ele se preparava para uma série de shows. Os advogados de defesa disseram que o cantor havia tomado por conta própria a dose fatal do propofol.
Murray estava ao lado de Jackson quando o astro pop, de 50 anos, foi encontrado sem respirar em sua mansão alugada em Los Angeles, em 25 de junho de 2009. Mais tarde ele foi dado como morto em consequência de uma overdose do poderoso anestésico propofol combinado com sedativos.
O júri composto por sete homens e cinco mulheres começou as deliberações na sexta-feira, após seis semanas de audiência no julgamento do cardiologista, e se reuniu novamente nesta segunda-feira após uma folga no fim de semana. Após uma nova deliberação, que durou nove horas, chegaram à conclusão unânime de que Murray era culpado.
Murray, de 58 anos, foi contratado para cuidar de Jackson enquanto ele preparava uma série de shows de retorno em 2009. Ele alegou inocência das acusações de homicídio culposo, ou negligência grave enquanto tratava do cantor, e preferiu não testemunhar no julgamento.
Murray admitiu ter dado a Jackson uma pequena dose de propofol para ajuda-lo a dormir, mas seus advogados tentaram convencer o júri que o cantor de alguma forma usou uma dose extra do medicamento, sem o conhecimento de Murray e, assim, se matou.
Durante os argumentos finais, após seis semanas de julgamento, os advogados do cardiologista atacaram os argumentos da promotoria e suas testemunhas, dizendo que criaram histórias e teorias para culpar Murray diretamente pela morte do cantor. Os promotores responderam que Murray era um médico oportunista e inepto, que deixou os três filhos de Michael sem pai. Também disseram que a conduta de Murray, que deu propofol para ajudar o músico a dormir, violava os padrões de cuidados com os pacientes e era quase como um experimento secreto, do qual o médico não guardou nenhum arquivo.
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