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sábado, 19 de novembro de 2011

Uma luz no fim do túnel para o Walfredo Gurgel

Pacientes em macas ou cadeiras sendo assistidos no corredor do Hospital Walfredo Gurgel (HWG). O cenário que não é novo para a população potiguar e já foi mostrado diversas vezes pela imprensa recebeu ontem a visita de um representante do Ministério da Saúde (MS) que veio conferir in loco a situação do maior centro de referência em urgência e emergência do estado. Acompanhado do secretário estadual de Saúde, Domício Arruda Câmara, da direção da unidade e do deputado estadual Henrique Eduardo Alves (PMDB), o secretário nacional de Atenção à Saúde, Helvécio Magalhães, viu de perto o que até então só havia chegado aos olhos do MS por meio de relatórios. De cara, ele anunciou - para o início do próximo ano - a inclusão do Walfredo no programa SOS Emergência, lançado recentemente pela presidenta Dilma Rousseff. No entanto, o secretário preferiu não estimar um prazo para que mudanças concretas sejam vistas na estrutura do HWG. 

Na próxima semana, a governadora Rosalba Ciarlini se reunirá com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, oportunidade na qual será formalizada a inclusão do hospital do Estado no programa federal. Nesta ocasião, também será divulgado o montante de recursos que será liberado para desafogar o Walfredo Gurgel. 

Ontem, durante a visita aos corredores do hospital, haviam 25 pacientes que precisavam de internação na UTI mas que estavam sendo atendidos no corredor. Separadas apenas por divisórias, e expostos a tudo que ocorria no ambiente, pessoas respiravam com ajuda de aparelhos. O problema foi destacado de maneira transparente pelo diretor técnico do HWG, João Batista Rabelo, no próprio corredor da unidade de trauma. "Na situação em que estão, esses pacientes não são acompanhados por especialistas".

Outro ponto destacado foi o do Centro de Recuperação de Operados (CRO) que, como o próprio nome diz, é uma ala destinada aos doentes que saíram de cirurgias. Rabelo relatou que, neste ano, houve momentos em que o CRO ficou lotado e os pacientesrecém-operados foram colocados em duas das seis salas de cirurgia. "Como usar uma sala para fazer um procedimento, se o paciente teve que ficar lá dentro porque não havia espaço no CRO?", questionou o médico. 

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