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quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Cão que passou 12 horas enterrado em SP está em estado grave

Titã, resgatado após ficar enterrado, é atendido por veterinária em Novo Horizonte (399 km de SP)
A veterinária Viviane Cristina da Silva disse nesta quinta-feira que é grave o estado do cãozinho de quatro meses que passou mais de 12 horas enterrado em Novo Horizonte (399 km de SP). O cão está na clínica veterinária Ama (Assistência Médico Veterinária).
Ela disse que o resultado de um hemograma apontou que o filhote está com infecção de pele e com anemia acentuada. Há riscos de que a infecção se agrave. "Estamos fazendo tudo o que é possível para que ele fique bem."
O cão teve ainda uma úlcera de córnea no olho direito. "Não tenho esperanças de que ele volte a enxergar desse olho, mas com o olho esquerdo está tudo bem", afirma Silva.
Divulgação
Na terça-feira (6), a Associação Mão Amiga recebeu uma denúncia de maus-tratos e o vice-presidente da entidade, Alexandre Rodrigues, saiu para apurar.
Nenhum animal foi encontrado na casa do suspeito, que alegou que o cão havia fugido. Em conversas, porém, vizinhos disseram suspeitar que o homem havia enterrado o filhote, pois já havia feito isso com outro cão.
O protetor de animais foi embora, mas, como a história não saía de sua cabeça, acabou voltando na manhã seguinte à casa do suspeito. Ele percebeu uma porção de terra remexida, resolveu entrar, e acabou desenterrando o filhote ainda vivo.
"Quando eu soube, não quis acreditar que era verdade. Não entendo como um ser humano chega a esse ponto", disse Marco.
O cachorrinho estava quase sem pelos, desnutrido, e com ferimentos nos olhos --ainda corre risco de ficar cego. Ele foi levado para um clínica veterinária, onde deve ficar em tratamento por ao menos 15 dias.
"As pessoas estão contribuindo, uma dá R$ 10, outro dá R$ 20, outro dá mais. Vai ficar um valor meio alto, e não temos condições de bancar tudo".
No estabelecimento, os funcionários começaram a chamar o vira-lata de Titã.
De acordo com Marco, a associação registrou um termo circunstanciado na polícia, que vai investigar o caso e convocar o antigo dono do animal a prestar depoimento.
Após o resgate do filhote, o suspeito teria dito que o enterrou por estar sofrendo com problemas de saúde.

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