Antes mesmo de completar um ano completo de governo, a presidente Dilma Rousseff demitiu o sexto ministro. Alvejado por acusações de desvio de dinheiro para abastecer o caixa do PC do B, o titular do Esporte, Orlando Silva, entregou o cargo um dia depois de o Supremo Tribunal Federal (STF) anunciar a abertura de inquérito para investigar denúncias de seu envolvimento em crimes contra a administração e desvio de dinheiro público.Aldo Rebelo assumiu a pasta.
Antes dele, foi Pedro Novais, ministro do Turismo. Novais saiu da pasta após nove meses e uma série de escândalos. A maioria das denúncias diz respeito à nomeação de apadrinhados e uso de verba pública para fins pessoais. Seu substituto no ministério é outro peemedebista maranhense aliado de Sarney, o deputado Gastão Vieira.
O ministro da Agricultura, Wagner Rossi, foi a quarta baixa do governo de Dilma Rousseff. O pedido para sua saída foi potencializado depois que a imprensa veiculou denúncias de corrupção na Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), órgão ligado à pasta, envolvendo contratos e favorecimento de fornecedores em troca de financiamento de campanha e tráfico de influência no ministério.
Único ministro que não tinha envolvimento em denúncias de corrupção, Nelson Jobim deixou o cargo depois de declarações polêmicas sobre colegas de ministério. Em agosto, chamou Ideli Salvatti, das Relações Institucionais, de “fraquinha” e disse que nova a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, “sequer conhece Brasília”. Antes disso, já havia declarado que votou em José Serra na eleição de 2010. Para o seu lugar, foi chamado Celso Amorim, que garantiu continuidade na linha de atuação.
Um esquema de cobrança de propina no Ministério dos Transportes e em órgãos ligados à pasta, como o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e a Valec Engenharia , estatal que administra as ferrovias derrubou o ministro dos Transportes Alfredo Nascimento. Inicialmente, ele recebeu o apoio de Dilma, mas não resistiu às denúncias e saiu da pasta.
A queda do ministro-chefe da Casa Civil Antonio Palocci foi a primeira baixa do governo Dilma Rousseff. Responsável por toda a articulação política do Palácio do Planalto, Palocci não suportou a onda de denúncias sobre seu patrimônio pessoal e pediu demissão, alegando que assim sua permanência prejudicaria a ‘continuidade do debate político’. No seu lugar, assumiu Gleisi Hoffmann.
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